
Como você tem se alimentado durante a PANDEMIA do COVID-19?
Apesar de algumas cidades estarem avançado nas fases de reabertura econômica, o medo, a ansiedade e a angustia geradas durante esse período podem continuar influenciando alterações nos padrões alimentares. Essas mudanças podem ser a resposta “natural” ao estresse e a estados emocionais alterados que envolvem mecanismos psicológicos e fisiológicos e que estão em evidentes nesse período de pandemia.
De fato, o que comemos afeta a forma como nos sentimos, assim como o que sentimos afeta nossa maneira de comer. E um caminho para entender essa relação, está na ligação cérebro-intestino!
Você tem cuidado bem das suas bactérias? Isso mesmo, bactérias! Você sabia que cerca de 95% da produção da tão conhecida serotonina, um importante neurotransmissor que ajuda a regular o sono e o apetite, a mediar o humor e a inibir a dor, ocorre no trato gastrointestinal? Isso mesmo! A produção de neurotransmissores como a serotonina, e de importantes vitaminas como a K e do complexo B, são altamente influenciadas pelas bilhões de bactérias “boas” que compõem sua microbiota intestinal. Essas bactérias desempenham um papel essencial na sua saúde! Elas protegem o revestimento do intestino e garantem uma forte barreira contra toxinas e bactérias “ruins”. Além disso, elas limitam a inflamação, melhoram a absorção dos nutrientes, auxiliam na sua imunidade e ativam vias neurais que ligam diretamente o intestino ao cérebro.
Mas como podemos ajudar nossas bactérias boas? A resposta está na alimentação! Sabe-se que apesar de existir um núcleo prevalente de espécies, cerca de 80% da microbiota é específica de cada indivíduo, ou seja, somos responsáveis pela qualidade e quantidade de bactérias que nos habitam. Sabe-se que um padrão alimentar caracterizado por uma alta ingestão de frutas, legumes, grãos integrais, peixe, azeite, laticínios com baixo teor de gordura favorecem a colonização e supremacia das bactérias boas!
Durante muito tempo procurou-se exclusivamente no cérebro a origem das perturbações mentais, entretanto, os estudos tem comprovado uma real influência da microbiota intestinal nesse processo, tendo em vista suas propriedades de sintetizar moléculas neuroativas de grande potencial farmacobiótico. Assim, para uma mente sã, precisamos de um intestino são.
Escrito por: Rute Matos e Ilana Bezerra
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