Educação em saúde para o enfrentamento da obesidade infantil

Educação em saúde para o enfrentamento da obesidade infantil

O mundo moderno traz muitos desafios para a saúde das pessoas, o que inclui os hábitos alimentares. A vida agitada, a falta de tempo, a facilidade de comprar alimentos prontos para o consumo, a mídia, são alguns dos fatores que interferem diretamente nas preferências alimentares de crianças, jovens e adultos.

Muitas famílias têm adotado hábitos alimentares que podem impactar negativamente nas suas condições de saúde. Nesse contexto, os pais têm uma grande responsabilidade e influência sobre a forma como seus filhos se alimentam. Assim, as estratégias de Educação em Saúde podem ser grandes aliadas para a adoção de hábitos alimentares e de vida mais saudáveis.

A educação em saúde consiste no “processo educativo de construção de conhecimentos em saúde que visa à apropriação temática pela população […]. Conjunto de práticas do setor que contribui para aumentar a autonomia das pessoas no seu cuidado e no debate com os profissionais e os gestores a fim de alcançar uma atenção de saúde de acordo com suas necessidades” (BRASIL, 2006).

As ações de educação em saúde englobam três grupos prioritários: os profissionais de saúde (para que possam valorizar a prevenção e a promoção no mesmo patamar das práticas terapêuticas); os gestores (para que ofereçam o suporte necessário aos profissionais de saúde em suas práticas cotidianas); e a população (para que possa obter mais conhecimentos, sendo co-resposável pela saúde e bem-estar, tanto em nível individual como coletivo).

Voltando o olhar para a população infanto-juvenil, no contexto da educação em saúde, é reconhecido pela literatura que a figura dos pais emerge de uma forma contundente quando o assunto é a melhoria do estilo de vida e a adoção de hábitos mais saudáveis pelos seus filhos. Esses pais precisam ter consciência e compreender a importância de uma boa alimentação e da prática de atividade física regular pelos seus filhos. É também importante que o pais também adequem seus hábitos para que sirvam de modelo para os filhos. Mas isso só é possível quando os “significados” e os “sentidos” do “que faz bem” ou do “que faz mal” ficam claros para essas pessoas.

Para tentar uma maior aproximação com o cenário em estudo, em uma das etapas do projeto OCARIoT, o grupo de pesquisadores aplicou com um grupo de 138 pais e/ou responsáveis o “Formulário de intenção de participação dos filhos no projeto”. As principais motivações expressas foram: busca por hábitos mais saudáveis (alimentares e de atividade física), prevenção da obesidade, necessidade de conhecimento sobre alimentação (educação alimentar), incentivo à atividade física e à prática de esportes, interesse dos pais no projeto e interesse das crianças por tecnologia.

Por meio desta ação, ao captarmos os olhares dos familiares sobre o interesse de suas crianças participarem no projeto, começamos e compreender os sentidos e os significados atribuídos à necessidade de enfrentar a obesidade infantil e à ferramenta tecnológica que emergirá deste projeto. Verificamos, assim, que a tecnologia em construção poderá oferecer um grande suporte, na perspectiva da educação em saúde, não somente às crianças, mas também aos pais, aos familiares, aos educadores, aos profissionais da saúde e também aos gestores.

Profa. Dra. Christina César Praça Brasil.
– Doutora em Saúde Coletiva – Associação Ampla UECE/UFC/UNIFOR;
– Pós-Doutora em Tecnologia em Saúde – CINTESIS/ Faculdade de Medicina da Universidade do Porto – Portugal;
– Professora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade de Fortaleza;
– Pesquisadora Bolsista do Projeto OCARIoT pela WDA Tecnologia.

Nossas Redes Sociais:
https://www.facebook.com/ocariotbrasil/
https://twitter.com/ocariotbrasil
https://www.linkedin.com/in/ocariotbrasil/
https://www.instagram.com/ocariotbrasil/
https://www.youtube.com/channel/UCMv0D91JivYAQTd8Zn30svw…

Nenhum comentário

Adicione seu comentário