O sono insuficiente pode influenciar no ganho de peso excessivo na infância.

O sono insuficiente pode influenciar no ganho de peso excessivo na infância.

O sono é um elemento essencial para manutenção da saúde. Em crianças e adolescentes está envolvido no desenvolvimento saudável dos sistemas cognitivos, modulação de condições fisiológicas, regulação emocional, desenvolvimento físico e qualidade de vida. Segundo a National Sleep Foundation, crianças de 6 a 13 anos devem dormir de 9 a 11 horas por dia e para os adolescentes de 14 a 17 anos a recomendação é dormir de 8 a 10 horas por dia.

No entanto, é cada vez mais evidente uma inadequação nas horas de sono da população jovem. Um estudo multicêntrico – International Study of Childhood Obesity, Lifestyle and the Environment – que avaliou, entre 2011-2013, 6.040 crianças (9-11 anos) em 12 países, dentre eles o Brasil, observou que a maioria das crianças não atingiam as recomendações de horas de sono preconizadas.

Percebe-se que com o passar da idade os jovens tendem a dormir menos horas. Essa insuficiência nas horas de sono provoca alterações nos hormônios reguladores do apetite, aumentando o hormônio que sinaliza a fome (grelina) e reduzindo àquele responsável pela saciedade (leptina). Além disso, há um aumento do cortisol, popularmente conhecido como hormônio do estresse, que está relacionado ao desejo por alimentos ricos em açúcar. Esse desequilíbrio hormonal predispõe o indivíduo a hiperalimentação, que, a longo prazo, pode levar ao excesso de peso.

Pensando nisso, o projeto “Solução Inteligente de Enfrentamento da Obesidade Infantil Utilizando o Potencial da Internet das Coisas” – OCARIoT pretende desenvolver uma tecnologia baseada em dispositivos móveis para promoção de hábitos de estilo de vida saudáveis na população jovem. Para isso, alguns parâmetros de saúde serão coletados em tempo real, dentre eles informações de sono. A partir desses dados individualizados serão propostas missões e desafios personalizados com o objetivo de melhorar a qualidade do sono da criança/adolescente.

Matéria escrita por:
Dayanna Magalhães dos Reis
– Nutricionista (Universidade Estadual do Ceará)

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